Após uma curta noite de sono, descemos para o nosso café da manhã em comitiva.
Si Fu nos perguntava como tinha sido para cada um. O que tínhamos tirado dessa experiência.
Falamos sobre tudo que vivemos ali, como vimos a experiência da própria comitiva, que afinal era em uma configuração de Clã: tínhamos ali a 11a, 12a e 13a geração de nossa linhagem. Relações familiares diferentes, responsabilidades diferentes.
Terminado o café, Si Hing Thiago, Luiz Grativol e Caroline Archanjo acompanharam a mim e ao Si Fu ao aeroporto e nos despedimos. Sempre um prazer estar com eles.
Chegamos com folga para o embarque.
Para ser bem sincera, é um evento à parte poder viajar ao lado do meu Si Fu. São tantos assuntos na esfera Kung Fu, que, volto a dizer como no dia 01, o vôo fica curto demais.
Presenciamos uma cena dentro do avião. Um passageiro da fileira da frente, a número 2, foi instruído a pôr sua bagagem de mão na fileira 6, pois não havia mais espaço no bagageiro acima.
Ele criou um verdadeiro caso com o os comissários de bordo. Pediu o dinheiro de volta pelo assento e fez outras solicitações impossíveis de serem cumpridas. Enfim. Ele não cooperou.
Poderia ter aceitado o que veio, se aproveitado e devolvido de uma forma eficaz. Como seria útil o Kung Fu para ele.
Vim pensando no caminho sobre todo o evento e sobre Si Taai Gung Moy Yat.
Seu legado é realmente incomparável. A Vida-Kung Fu, a Família-Kung Fu, sua arte, os carimbos, o zelo, a transmissão pura do sistema, a genealogia, a humanidade...tudo isso muda a vida de uma pessoa.
Eu não tinha dimensão disso tudo no passado e agora tenho, graças ao Patriarca Moy Yat.
Termino essas publicações com o item do San Toei do Instituto que mais gostei. É o recipiente para colocação de Hung Baau com os seguintes dizeres:
"Kung Fu sem um sistema não é Kung Fu.
Kung Fu que depende de um sistema não é bom Kung Fu"
Aprendamos!
SIGAMOS JUNTOS.
Carmen Maris ("Moy Kat Ming")