Parte 1: Sintonia e sinergia.

    Tive um péssimo voo até Lisboa. Além do piloto ter escolhido a estrada mais esburacada do caminho. Descobri recentemente que minha cervical está mais danificada que poste atropelado por ônibus da melhor maneira possível: sendo obrigado dormir da forma mais geometricamente adequada para não acordar através das dores nas ultimas madrugadas. Isso me obrigou evitar ao máximo dormir durante a viagem para Lisboa, para não acordar pedindo colo de mãe pela péssima posição que um assento de classe econômica nos oferece entre as regulagem que variam de nada inclinado para radicalmente nada inclinado, durante a decolagem e o pouso.

    Ao chegar no meu destino perto das quatro e vinte da manhã, percebi o quanto detesto estar certo ao descobrir que acertei em desconfiar da possibilidade do meu anfitrião local não acordar com minhas ligações pelo horário. Me dirigi para Oeiras procurando uma padaria para fazer hora até que o Gérson me retornasse, mas não precisei esperar no frio a meia hora necessária para que a primeira dessas abrisse as portas, porque logo que desci do Uber, ele me ligou e me dirigi ao agradável apartamento, onde fizemos uma reunião de sintonia em função do evento como um todo. 

Após esse momento onde pude aquecer os pés congelados com uma banheira de café quente que ingeri, fomos caminhar pelas redondezas, e a primeira supresa dessa viagem se materializou, quando descobri que a Oeiras que conheci alguns anos antes, quando apenas fiquei hospedado na minha última vinda à Lisboa, é de fato uma pequena cidade muito charmosa, com belas praças e passeios com um paisagismo impecável, além de uma orla com muitas ofertas de praias aconchegantes e um pujante ramo de restaurantes exibindo apetitosos cardápios, que posso garantir mesmo sem experimentá-los ainda, pela minhas experiências anteriores com a culinária portuguesa. Nessa prazeirosa caminhada ainda tivemos tempo para praticarmos e matarmos um pouco a inocultável saudade que Gerson estava de contato com o Sistema Ving Tsun. 



Parte dois: Locar é loucura!

Após essa manhã movimentada, mesmo tendo pouca energia para tal, Fui ao encontro do Thiago Silva no Aeroporto pra locarmos um veículo de sete lugares, para facilitar nossos deslocamentos pela região. Pelo aplicativo de locadoras do local, encontrei o carro por um valor extremamente compensatório de diárias, que foi confirmado ao chegar na locadora. Entretanto o valor do seguro obrigatório mais que triplicava o custo dessa locação, me fazendo desistir na hora de cair nesse truque feito para pegar incautos turistas. Retornamos ao apartamento em Oeiras e lá pude repousar o suficiente para receber o Si Fu duas horas depois que chegamos

Parte três: Nada de moleza: 

Fomos encontrar o Si Fu num delicioso restaurante italiano daqueles que reforçam a propaganda que afirma que viajar para Portugal é desistir de brigar com a balança. E após esse bom momento de mais uma sintonia, retornamos ao apartamento, onde uma vez quase toda comitiva hospedada, fomos para uma prática voltada mais para nosso irmão kung Fu Anfitrião 

A dedicação e afinco com que Gérson encara a prática, mesmo que distante de estar conosco por mais de um ano, se demonstrou claramente ao executar a Listagem do Nível Básico com mais qualidade que da última vez que estive com ele pessoalmente. E deu bastante material para através do olhar do Si Fu render precisos comentários que também me serviram demais

Uma vez findado o dia, encarei uma curta, porém relaxada noite de sono até o início da agenda do dia seguinte.