Encontro de Excelência aos Sábados.

Como narrar uma experiência de maneira que o leitor consiga reproduzir em sua imaginação aquilo que o autor externa? Certamente inúmeras escolas e áreas se debruçam sobre este tema para conseguir as melhores técnicas. Mesmo os melhores, falham nesta tentativa: livros - matérias jornalísticas, filmes, campanhas publicitárias fracassam de forma colossal por não conseguirem realizar a transmissão da mensagem proposta com enorme prejuízo financeiro.

Um ângulo diferente do mesmo enquadramento 

A probabilidade para nós amadores aumenta de forma brutal! Então nos resta a possibilidade da expressão autêntica, ou seja, de coração. Claro que quanto melhor for o seu domínio gramatical e vocabular maior abrangência do público que poderá extrair algo pra si. Isto aumenta a responsabilidade com o corte que será feito com o nível pretendido na escrita: uma escrita simples pode alijar pessoas mais refinadas, o contrário também é verdadeiro.

Si Fu sempre nos orienta para conectarmos com a maior diversidade de pessoas que for possível, pois isto enriquecerá nosso Kung Fu. Daí o cuidado com as escolhas.

Um aeroporto? Conexões?

Voltando ao ponto: você gosta de comer? Não refiro a "matar a fome" e ficar adormecido no sofá de tanto comer, pois o comilão gosta mesmo deste efeito final e não de comer. Na medida que o apreciador de comida vai aumentando seu entendimento sofre sabores - texturas e combinações, bastará apenas um pedaço pequeno para ou ter uma experiência única e sabendo que será apenas aquela, deverá ser aproveitada ao máximo. Não adianta o entusiasta comprar livros, ver vídeos no youtube ou programas culinários na TV. Por mais que isto seja interessante para formação do imaginário e até de preconceitos a serem desafiados, não importa: apenas conseguirá aprender a apreciar um prato, colocando os alimentos na boca experimentando alternativas como tempo de mastigação, diferentes temperaturas, etc.

- Si Hing Silva, qual tipo de maça?
- Ué, madura! Que pergunta ...

No momento é a melhor maneira que consigo para explicar a distância entre aquilo que você imagina caso nunca tenha visitado presencialmente este país. O 2D das imagens ganha mais dimensões e você percebe o quão pobre são os seus preconceitos sejam positivos ou negativos. É preciso estar aqui para quase apalpar a lógica que está conduzindo as engrenagens da comunidade para seu funcionamento cada vez mais sinérgico, por mais elaborado que seja seus conhecimentos de economia.

O mesmo está para aquilo que reduzimos na expressão "Vida Kung Fu". É uma tarefa difícil e certamente perigosa tentar encerrar numa definição de dicionário o significado desta expressão. O que estou vivendo aqui é algo sem igual que meu limitado conhecimento sobre as relações humanas no ocidente construiu até hoje. Mas estamos aqui tentando, postagem após postagem e continuaremos ... Si Fu nos pede exatamente para seguirmos com este exercício, expondo as peças dinâmicas deste quebra-cabeça e suas ligações. Talvez apenas o conjunto da obra poderá apresentar esta expressão que não será por uma pessoa, mais por um conjunto, ou melhor, uma família.

Excelente refeição preparada pelos Carlos!

Estar em família todo o tempo é ganhar lastro que assegura nossa intimidade, que manterá a relação nos momentos difíceis, tudo é aproveitado e conduzido com maestria seja um passeio, um filme, um trabalho doméstico ou abordagem ao sistema. Sempre há entrega, sempre há Kung Fu seja mais implícito que precisa ter olhos preparados para perceber ou seja um pouco mais explícito para te auxiliar a perceber. O tempo todo!

Meus Si Hing ao longo de minhas práticas sempre me disseram algo como: Rangel você precisa passar um tempo com Si Fu, só assim você entenderá ou se aproximará das respostas que procura. Nós só podemos ir até aqui, o resto é contigo, o Kung Fu é seu.

Vários pontos resolvidos com uma simples mudança de cenário.

Como diz Han Solo no famigerado episódio VII: "É tudo verdade!" Si Fu exponencia a experiência de diversas formas, traz mecanismos dos mais criativos para você perceber com o corpo o que precisa e algo mais impressionante é que não precisamos de mais de 5 ou 10 minutos! Quando você retorna a prática seu corpo está diferente. Imagina ter vários ciclos diários de pequenos graus de ajuste durante 10 dias! Fundamentos centrais são abordados em qualquer atividade, com por exemplo: estar inteiro e se aproveitar do outro numa prática e ficar brigando com o outro contra si mesmo; ou vendo um filme com o Si Fu e estar preocupado com o atraso de uma publicação, apontam para evoluir no aprendizado do relaxamento. Para potencializar este processo entra a sintonia com a Si Mo e as meninas que estão inseridas conosco trazendo o frescor e a leveza da energia feminina.

Meu irmão, minha irmã Kung Fu, venha na próxima!

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Alexander Rangel