O dia iniciou prometendo, tínhamos sono, mas estamos empolgados. Gosto de tomar banho ao acordar, tenho este hábito, mas nestes últimos dias por receio de atrapalhar o fluxo da manhã troquei por mais alguns minutos de sono. Segundo Si Fu não é uma boa troca, vamos tentar mudar amanhã.
Estava tudo transcorrendo normalmente até que sprinklers que regam o jardim jogaram água de reuso com um cheiro horrível sobre nós. O mais engraçado foi o Antunes correndo reclamando que tinha engolido gotas daquela água!
Tiramos uma dúvida rápida sobre o dispositivo que estávamos executando e fomos ver a agenda do dia.
Eis que começa mais um episódio da Vida Kung-Fu. Se tinham 2 coisas que detestava fazer como estudante eram redação e aulas de artes. Recortar e colar eram como tortura para mim, com isto certas habilidades finas com a mão não me foram desenvolvidas. Daí pra frente para as tarefas "manuais" naturais da vida, ou o Alex estava estudando ou trabalhando e quando mais velho estaria pagando para outros realizarem o que fosse necessário.
Si Fu sempre nos diz como é prejudicial sempre que nos coloquemos como inaptos! Claro que ele não está dizendo para entrarmos "do nada" numa sala de neurocirurgia dizendo "deixa comigo"! Isto seria outra coisa, mas se considerar capaz de cursar a formação para daqui a alguns anos realizar o exemplo é o ideal de disposição.
Agora, como pensamos que um dia empunharemos o "Do" se consideramos a nós mesmos incapazes de usar uma tesoura ou de usar um pincel? Como seremos precisos se não trabalhamos os olhos ao longo da vida? São as tarefas triviais que encontramos todos os dias que constroem o lastro que nos impulsiona aos desafios mais complexos e neste ciclo vamos evoluindo.
Pintando as Salas:
Até este momento, eu estava terminando de limpar a cozinha. Os três começaram uma cantoria tão aterrorizante quanto os roncos do Claudio, mas foi engraçado.
Sabendo de minhas "limitações" e para claro não colocar a missão do dia em risco, me coloquei como mão de retaguarda das tarefas no apoio dos demais. Afinal, podemos seguir a mesma lógica de uma família: se você erra com o pai, a mãe pode dar um jeito de quebrar o teu galho. Agora quando erra com ela, meus amigos! (risos). Claro que não queria nos colocar nesta situação.
O drywall se demonstrou um adversário duro e já tínhamos feito uma boa furadeira na parede e estava detonando nossa confiança, apontei pro Antunes que tínhamos 2 opções para alinhar as peças na parede, ele achou melhor deixamos nas marcações principais e esperar Si Fu chegar para definir para continuarmos. Enquanto isto adiantaríamos as outras tarefas.
Aprendi umas técnicas com o Silva na 1a demão para não colocar tinta de mais no rolo para não pingar no chão e a esticar bem a tinta.
Quando Carlos Antônio chegou um pacote de parafusos e buchas, vi o primeiro erro que estávamos cometendo: no drywall não se fura com uma máquina como a prece a própria bucha faz o trabalho se enroscando. Com o método de alinhamento escolhido por Si Fu, foi retomado o trabalho na parede até a colocação que tiveram ainda que utilizar uma daquelas que só o Claudio tiraria da cartola: furar as peças de metalão!
Ficaram alguns impasses se uma parece seria coberta ou se teríamos que repintá-la de branco já que fizemos um patch de com a cor. Também teríamos que esperar amanhecer para Si Mo confirmar se seria mantida esta cor ou se colocariam uma mais clara.
