Com o check-in feito e com as chaves dos quartos em mãos, nos despedimos de Maria Alice, Rúbia e Carmen no saguão do hotel, e subimos para nos preparar para o evento. Combinamos o horário que nos encontraríamos com Si Fu no saguão, e eu, Thiago Pereira e Roberto Viana seguimos para o nosso quarto. 
Parecia tudo estar correndo tranquilamente, até que nos atrasamos para encontrar com Si Fu no saguão do hotel, o que por sua vez, fez com que atrasássemos para solicitar o Uber. 
Toda a comitiva chegou ao Restaurante China Garden, no bairro da Aclimação, ao mesmo tempo, por volta das 17h. Fiquei fascinado com o local e a arrumação. Quando subimos para o local do evento, os últimos preparativos eram feitos junto a Si Gung. 
Fazer parte desta comitiva permitiu que eu vivenciasse o Kung Fu sob uma perspectiva completamente única e inesquecível, que, mesmo com meus entraves e algumas falhas, eu me sinto um pouco mais discípulo. Veja, eu já pude acompanhar histórias de outros irmãos Kung Fu que também viajaram em função do Ving Tsun, já pude ouvir as histórias de Si Fu, mas essa, a que vivenciei naquele sábado de março, será uma das histórias que poderei contar do meu momento como discípulo, seja pra falar dos breves acertos, ou das pisadas de bola.
Fico feliz por ter participado desta comitiva, onde pude sentir uma leve evolução. Me senti muito realizado, por exemplo, em poder estar em contato com pessoas que eu via apenas através de redes sociais e pessoas que eu somente havia ouvido falar.


Foi um dos eventos mais bonitos que tive a oportunidade de participar. O quanto as pessoas se mobilizaram para fazê-lo dar certo, o material humano envolvido foi surreal, desenvolvendo assim o que se conhece por humanidade.



Apesar de tudo ter corrido aparentemente bem no decorrer do evento, a volta em si foi bastante pesada, foi como se eu tivesse feito chi sau por horas e saísse esgotado mentalmente. 
O primeiro entrave foi o desencontro de horários que antecederam o café da manhã. Si Fu marcara conosco às 5:45 da manhã na área de refeições do hotel. Chegamos ao local com muitos minutos de atraso. Senti como se um soco bem colocado tivesse entrado quando não soube explicar o motivo de eu ter atrasado. Mas houve tempo para fazermos um pós-evento, conversamos sobre as impressões do evento como um todo e por fim, tempo para esse registro ter sido feito!



Na foto acima, Si Fu perguntara aos membros da comitiva como havia sido a experiência do evento.
Na minha vez, respondi que: "Ele estava sendo desleal (risos), pois eu não saberia responder, uma vez que eu só entenderia os desdobramentos futuramente". Ele me perguntou "Você tá chamando seu Si Fu de desleal? Você sabe o que significa desleal?", e comecei a ficar nervoso porque não soube explicar o que eu queria dizer (risos).
O segundo entrave foi quando tivemos problemas com a realização do check-in para o embarque, resultando no encurtamento do café da manhã e na brevidade das considerações.
Nos despedimos no saguão de Maria Alice, Rúbia e Carmen, pois estas iriam embora de ônibus horas depois, enquanto Si Fu, Thiago, Roberto e eu partimos em direção ao aeroporto. Eu que sempre fui acostumado a andar rápido, ou correr pra executar tarefas, heranças dos tempos em que estive no Exército, fiquei muito atrás de Si Fu, simplesmente não consegui alcançar os passos dele! 
Já dentro do avião, Si Fu fez um pré-evento mais enfático e exigindo de todos um Kung Fu mais refinado ainda. Em algum momento minha mente "desligou" e não consegui acompanhar, e fui cobrado pela falta de atenção.
O que fica dessa viagem para mim é que, mesmo com toda a preparação e preocupação relativas ao evento, não estava preparado o suficiente, mas estava disposto a fazer o que fosse necessário como melhor que eu dispunha, mesmo, às vezes, o melhor que eu dispunha não ter sido o suficiente. Não colocarei a culpa na falta de experiência como fator para falta de atenção. O Kung Fu, como sinônimo para habilidade, eu tenho, mas será através de experiências de Vida Kung Fu que poderei compreender e me desenvolver neste universo do qual faço parte. E assim, como a música "Winds of Change", a mesma que ouvi antes de iniciar a viagem, eu começo a tomar os rumos destes ventos de mudança, nesta novo ciclo que inicio na minha jornada pela Ving Tsun.