Acordei cedo e rapidamente arrumei minha mala. Realmente a prática nos ajuda a ficar mais familiarizados com algumas situações e saber o que é necessário e o que devo levar na viagem, montando uma mala pequena, é uma habilidade que fico feliz de ter refinado.
Saí de casa por volta de meio dia e fui visitar meus pais, que moram na Ilha do Governador. Lá, comi um peixe delicioso que minha mãe tinha feito e fiquei conversando até a hora de ir para o aeroporto.
Meus pais me deram uma carona, dei um beijo neles e fui encontrar o sihing Thiago Silva, meu grande companheiro de jornada e imersões.
Rapidamente encontramos Alexander Rangel e Lucas Lima. A comitiva começava a tomar forma. Fizemos arrumações e ajustes nas bagagens, despachamos os jiu paai (placas de anúncio tradicionais chinesas) e embarcamos para Guarulhos.
Eu já tinha passado algumas vezes por aquele aeroporto, mas sempre me surpreendo com o tamanho daquele lugar. Precisamos de mais de meia hora andando sem parar para chegar no portão onde pegaríamos nossa conexão para Miami. Daquele ponto em diante, Rangel não iria conosco. Ele precisou fazer uma conexão em Dallas e só nos encontraríamos em Tampa.
Acabamos pegando assentos distantes, então aproveitei para dormir. Infelizmente não consegui pegar no sono direito e fiquei em vigília a maior parte da viagem. Foi uma experiência ruim. Assisti um documentário sobre Tom Brady e fiquei impressionado com a dedicação dele ao futebol americano. Passei a viagem refletindo sobre dedicação os valores e os sonhos que as pessoas têm. Peguei no sono novamente e assim se encerrava o dia 0. A parte visível da semana de imersão ia começar.
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Carlos Antunes
梅 山 士
Moy Shan Si