Diz-se que cuidar é uma grande responsabilidade, a maior delas. Mas ser cuidado traz uma responsabilidade maior ainda.
Ao cuidar, podemos facilmente ignorar as reais necessidades do recebedor dos cuidados e impor a ele o peso de ações baseadas em uma concepção de cuidado que mais rejeita o que é do outro do que o acolhe. Isso não é cuidado.
Quando somos cuidados, temos mais tempo e energia para nos dedicar àquilo que amamos. Quando cuidamos, damos esse tempo e energia como presente para alguém.
E quando há energia e tempodisponíveisl, o que fazer com eles?
O diferencial entre o babaca e o excelente é que o babaca pensa que ele merece ser cuidado acima de todos. O resultado do seu pensamento, por mais complexo que seja, parte de um erro de análise. O babaca depende da sorte ou de um outro babaca a quem ele se atrela.
Para alcançar a excelência humana é preciso desenvolver todas as capacidade ligadas ao cuidar do outro, pois só compreendendo verdadeiramente a necessidade do outro podemos mudar qualquer coosa nesse mundo.
O nosso lado babaca não resiste ao constrangimento de ser percebido e cuidado. Quando somos cuidados, somos convocados a cuidar, verdadeiramente.
O babaca é, em seu núcleo, alguém que foi muito mal cuidado, mesmo que isso contradiga a aparência.