Parte 01: Caindo a ficha.


Hoje foi o primeiro dia que desci atrasado pra prática. Cheguei um minuto após todos estarem prontos e no Kung Fu a falta de precisão costuma cobrar seu preço. Durante a prática do Gwan eu acabei percebendo que o conceito de manutenção da referência posicional, premissa que se evidência em muito no bastão dado as características do seu uso no Sistema, é de longe uma das minhas maiores dificuldades na prática de mãos livres, e se pensar em como não lido bem com determinadas propensões na minha vida, conceitualmente devo admitir que essa dificuldade também se manifesta na minha vida. De longe essa é uma das grandes vantagens de uma Imersão Kung Fu: perceber o quanto o trabalho técnico e relacional explorado através do olhar Kung Fu do meu Si Fu produz matéria prima para busca do refino pessoal em todas as áreas da vida. 



Parte 02: knockdown



Esse refino mencionado porém não vem apenas das aprazíveis atividades elaboradas pela Si Mo e das atividades de aprofundarmos no Kung Fu pela perspectiva técnica e vivencial ministradas pelo Si Fu durante a Imersão. Aprendi me aproveitar desses intensos momentos desde das minhas viagens com o Si Fu pelo mundo para enfrentar meus fantasmas e nessa em particular, conscientemente escolhi trabalhar aprimorar minha capacidade de entregar da melhor maneira possível aquilo com o que me comprometo. Eu fiquei de resolver a questão das prateleiras de vinho da parede da casa e o trabalho fluiu bem num primeiro instante, até porque o fiz com todo esmero e atenção. Nas duas últimas a fragilidade da parede no ato de retirar e colocar as peças acabou gerando um problema ontem que deixei para resolver hoje. Poderia dar muitas justificativas para explicar o insucesso nessa entrega, mas independente do resultado que me forçou refazer toda afuração  e postergar mais um dia até esperar a massa secar me levou descompensar emocionalmente e soltar três palavrões alto, quando as últimas buchas roletaram. Nessa hora o apoio fundamental do meu Si Dai Antunes que reuniu todos da comitiva para uma pausa e me chamou a atenção da importância de mudar a tendência do destempero, na mesma maneira que o sistema nos exorta durante a prática. Isso me permitiu refletir e assimilar melhor o golpe de forma construtiva e produtiva.

Parte 03: Brasa, sal e sol.



Quanto o Si Fu chegou do aeroporto com o último integrante da Imersão, meu  Sihing Cristiano, a ordem foi clara! Pausa para o churrasco. O sol da Flórida não foi nenhum impedimento para acendemos o carvão e prepararmos um banquete no melhor estilo brasileiro, sem destoar do ambiente Kung Fu, e logo na sequência assistimos um vídeo sobre teorias da conspiração em família onde podemos fazer uma profunda resenha Kung Fu sobre o tema.

Parte 04: Ping Pong a lá Totó


Imagine uma mesa de Ping pong onde você jogue em pé sobre ela. Foi mais ou menos o que entendi da atividade de lazer proporcionada pela Si Mo. O  Pickle Baall, uma febre na região, é uma divertida atividade a quatro numa mini quadra de tênis. Participei mais assistindo que jogando e fiquei impressionado com a habilidade que o Si Fu tem de se mover pouco para pontuar bastante. Após a atividade, Si Fu e Simo nos levaram de volta pra casa de uma forma diferente: tivemos que achar o caminho dentro do enorme condomínio e depois de nós perdermos bastante, chegamos salvos pra mais uma stivdade.

Parte 05: Prática a seco.

A ideia para o fim da noite era uma prática na piscina, mas mudamos para uma prática ao lado dela. Começamos com uma proposta de aproveitar o fluxo de ser goleados proposta pelo Si Fu e ao final terminamos cada um desenvolvendo sequências de movimentos apoiadas no que nos era ofertado pelo parceiro. Me senti bem ao conseguir entregar movimentos coerentes e expressivos com um bom grau de Kung Fu. Porém confesso que hoje em dia prefiro mais explorar os componentes do Sistema que tais trabalhos transversais, por mais que seja divertido.